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No passado dia 27 de junho, entre as 9h e as 17h, o emblemático Teatro Thalia, em Lisboa, acolheu o evento “Conhecimento Transformativo: Ciência e Políticas pela TERRA”, uma iniciativa promovida pelo Laboratório Associado TERRA. Esta jornada reforça a ligação entre a produção científica e a formulação de políticas públicas, com especial foco nas áreas estratégicas como o ambiente, a saúde, a gestão do solo e o ordenamento do território.
O evento assumiu particular relevância num contexto em que os desafios ecológicos e sociais se tornam cada vez mais complexos, exigindo abordagens estruturadas, interdisciplinares e suportadas por conhecimento rigoroso. A sessão de abertura contou com a participação de Teresa Ferreira, Presidente do Conselho Coordenador do TERRA; Madalena Alves, Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); Cecília Rodrigues, Vice-Reitora da Universidade de Lisboa; e Rui Ladeira, Secretário de Estado das Florestas, evidenciando o compromisso institucional com esta agenda.
Ao longo do dia, investigadores e decisores políticos nacionais debateram e trocaram ideias sobre formas concretas de mobilizar o conhecimento científico na transformação de políticas públicas, contribuindo para uma governação mais informada, eficaz e justa. Entre os destaques da manhã, Carolina Gameiro Nogueira, Subdiretora do PLANAPP, abordou questões em torno da construção de pontes entre ciência e administração pública; Marion Dupoux, policy analyst do Joint Research Centre (JRC) e da plataforma Knowledge4Policy (K4P), contribuiu para a discussão com as abordagens comportamentais aplicadas à implementação de políticas ambientais; e José Paulo Sousa, investigador do CFE-TERRA, destacou o papel das parcerias entre a academia e as entidades públicas na promoção da sustentabilidade dos solos.
O diretor executivo do TERRA, Paulo Branco, referiu a importância de envolver e criar pontes entre a academia e o poder político, contextualizando um dos momentos-chave do encontro:a assinatura de dez Memorandos de Entendimento entre o TERRA e dez entidades públicas nacionais — APA, ApC, AGIF, DGADR, DGAV, DGS, DGT, GPP, ICNF e IPMA , —, instituições com responsabilidades diretas na gestão ambiental, agrícola e territorial, formando o Conselho de Políticas Públicas. Este protocolo visa estabelecer uma rede institucional de colaboração permanente, orientada para a aplicação de conhecimento científico em benefício do desenvolvimento sustentável e do bem-estar coletivo.
© Laboratório Associado TERRA
Durante a tarde, o programa prosseguiu com duas mesas-redondas temáticas. A primeira, subordinada à sustentabilidade do uso da terra, moderada por Helena Freitas (CFE-TERRA) discutiu ideias sobre planeamento territorial colaborativo, controlo biológico de pragas e estratégias de intervenção paisagística. A segunda mesa, moderada por Teresa Ferreira, centrou-se nas ligações entre alimentação sustentável, saúde pública e resiliência urbana face às alterações climáticas, explorando caminhos para modos de vida mais integrativos e regenerativos nas cidades.
Este evento proporcionou um espaço de diálogo aberto e multidisciplinar, reunindo investigadores, decisores, técnicos e representantes da sociedade civil. Ao promover este encontro, o Laboratório Associado TERRA reforçou a sua missão de constituir uma ponte estratégica entre ciência, sociedade e governação, oferecendo soluções baseadas no conhecimento para os desafios do presente e do futuro. A relevância da iniciativa não se esgota na troca de ideias, mas afirma-se como um compromisso com a construção de políticas públicas transformadoras, informadas por evidência científica e orientadas por valores de justiça, equidade e sustentabilidade.
Veja o vídeo com os momentos chaves do evento:
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020