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Os cientistas do CFE/TERRA António Gouveia e Filipa Bessa contribuíram para a discussão sobre a importância da ciência cidadã na conservação da biodiversidade na 16.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 16)
No âmbito da 16.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 16), a Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável, o Centro de Ecologia Funcional (CFE) e o Laboratório Associado TERRA, em conjunto com a Women4Biodiversity, promoveram, no dia 24 de outubro, a sessão paralela ‘Women, Citizen Science, and the Futures of Biodiversity Conservation’ – mais informação aqui.
Esta sessão contou com a participação do investigador do CFE/TERRA e membro da Cátedra UNESCO em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Coimbra, António Gouveia, e da investigadora do CFE/TERRA, Filipa Bessa, e teve como objetivos:
– Pensar em iniciativas de ciência cidadã mais inclusivas, programas educativos e plataformas digitais que capacitem os indivíduos para contribuírem para a recolha de dados, investigação e salvaguarda da biodiversidade;
– Promover a inclusão e a liderança de mulheres e raparigas em iniciativas científicas participativas;
– Destacar o potencial das iniciativas de ciência cidadã/comunitária para alcançar as 23 metas do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal (KMGBF).
António Gouveia apresentou a comunicação ‘The importance of citizen/community science for biodiversity conservation’, tendo destacado que uma forma cada vez mais reconhecida de melhorar e acelerar a produção de conhecimentos sobre a diversidade biológica é, precisamente, “através do envolvimento ativo dos cidadãos nos processos científicos”. “Estes esforços participativos permitem a criação de grandes volumes de dados, ao mesmo tempo que incutem nas pessoas um sentimento de pertença, ligação e responsabilidade para com o mundo natural, o que é fundamental para os esforços de preservação da natureza”, acrescenta.
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Já Filipa Bessa marcou presença através de um vídeo gravado, apresentado durante a sessão, onde abordou os esforços participativos na cartografia da poluição marinha por plásticos, a partir da sua experiência e dos projetos em que está envolvida. A investigadora do CFE/TERRA começou a sua comunicação por alertar que as projeções para o futuro indicam que o uso e a produção de plástico deverão triplicar, especialmente em países com alta densidade populacional, tendo revelado que, a partir de projetos de sensibilização locais, “podemos duplicar os nossos esforços e envolver até as comunidades globais, e podemos também usar as plataformas digitais que temos à disposição nos dias de hoje para impulsionar a mudança [ao nível do uso e produção de plásticos] de que realmente precisamos”.
Ao participarem em eventos como a 16.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 16), os investigadores do TERRA estão a contribuir para promover a discussão sobre diversas questões cruciais para a conservação da biodiversidade global.
O investigador António Gouveia acredita que é responsabilidade dos investigadores participar ativamente em fóruns internacionais, onde são tomadas decisões com impacto global. “A presença de investigadores nestes eventos pode facilitar a transferência de conhecimento e práticas científicas com as comunidades de conservacionistas, líderes comunitários, ONGs, decisores políticos, setores da inovação e da indústria e comunicadores de ciência, ativando os conhecimentos e a informação gerada na academia e nas unidades I&D, em conformidade com os objetivos dos Laboratórios Associados”, referiu.
21 de outubro de 2024
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020