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Equipa do projeto
© Bruno Casimiro
Projeto de investigadores do CFE/TERRA revelou avanços significativos na produção de enzimas hidrolíticas em cultura in vitro, contribuindo para novas aplicações nos setores industrial e farmacêutico.
Ao longo dos últimos anos, o projeto PlantReact (um dos vencedores dos Prémios Semente da Universidade de Coimbra) tem explorado as linhas celulares de plantas solanáceas, em especial o tamarilho, a fim de induzir a produção de moléculas ativas em cultura in vitro com potencial para aplicação em diferentes setores. Em particular, o projeto tem-se centrado na produção de enzimas hidrolíticas, moléculas com a capacidade de decompor outras moléculas em frações mais simples.
O projeto PlantReact apresenta-se de modo promissor no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a produção de moléculas ativas de alto valor, contribuindo para a inovação na agricultura celular e na biotecnologia vegetal.
De acordo com Sandra Correia, investigadora do Centre for Functional Ecology (CFE) e do Laboratório Associado TERRA, estas enzimas “têm um amplo leque de aplicações, incluindo nos setores industrial, farmacêutico e na luta contra fungos e bactérias, devido às suas propriedades de resposta a reações de stress. A obtenção de fontes sustentáveis para a produção destas enzimas é de grande relevância”.
A também diretora do Departamento de Proteção de Culturas Específicas no Laboratório Colaborativo InnovPlantProtect explicou que, ao longo da investigação, realizaram análises proteómicas detalhadas, permitindo a compreensão das condições em que estas proteínas são produzidas, bem como a identificação de fatores que estimulam a sua produção. Conduziram-se ainda ensaios de atividade enzimática em condições in vitro, um avanço significativo na exploração do potencial destas células vegetais. Foi ainda possível aumentar a escala de produção desses compostos através de crescimentos celulares em bioreatores.
© Bruno Casimiro
O projeto PlantReact conta com o financiamento do Banco Santander, e colaboração entre o CFE, Unidade de Investigação do Laboratório Associado TERRA, o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), o Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar (CATAA) e a Universidade de Antioquia, na Colômbia.
Mais informação em noticias.uc.pt.
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020