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Zona seca estudada durante a investigação
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Um estudo internacional, com a participação de investigadores do Laboratório Associado TERRA e do Centro de Ecologia Funcional (CFE) da Universidade de Coimbra, revela que as plantas em zonas secas adotam uma surpreendente variedade de estratégias de adaptação.
O estudo, que acaba de ser publicado na revista Nature, envolveu 120 cientistas de 27 países e destaca que a diversidade de plantas aumenta com os níveis de aridez, contrariando expectativas anteriores.
Os investigadores, entre os quais se encontram Alexandra Rodríguez, Helena Castro e Jorge Durán, recolheram amostras de 301 espécies de plantas em 326 parcelas distribuídas por seis continentes. Helena Castro salienta que o isolamento das plantas em regiões áridas reduz a competição, permitindo uma expressão única de formas e funções, com o dobro da diversidade em comparação com zonas temperadas.
Os cientistas descobriram que, nas áreas mais secas do planeta, as plantas exibem uma ampla gama de adaptações. Jorge Durán explica que algumas espécies desenvolveram altos níveis de cálcio para fortalecer as paredes celulares, enquanto outras aumentaram a concentração de sal para reduzir a transpiração, demonstrando uma diversidade funcional extraordinária.
Este estudo lança uma nova luz sobre a adaptação das plantas a habitats extremos e a sua capacidade de resposta às mudanças climáticas globais. Os autores sublinham a importância das terras secas como reservatório global de diversidade funcional das plantas, oferecendo uma nova perspetiva sobre a arquitetura e adaptação vegetal em ambientes desafiadores.
Fonte: uc.pt
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020
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DOI 10.54499/LA/P/0092/2020